O povo português tem de estar consciente que não vive ainda numa democracia estabilizada, porque sendo as dificuldades económicas financeiras e também sociais dramáticas, tem de continuar a desempenhar o seu papel de salvador da democracia portuguesa.

Uma política económica e uma política social tem de ser uma política de programa, de desenvolvimento, e não pode ser uma política de contenção e de estrangulamento.

Sempre defendi que os militares não devem estar na política, sempre sustentei que não há democracias militares, que a política não se faz de armas na mão e que seria uma péssima solução (…).

Desde a educação e futuro dos nossos filhos às nossas próprias condições de trabalho e de vida, desde a liberdade de ideias à liberdade física, aquilo que pensamos e queremos coloca-nos directamente ante a política: seja em oposição frontal à seguida por determinado governo, seja de simples desacordo, seja de apoio franco

Quando se invade o espaço da criatividade, rouba-se todo o aspecto cultural e humano à política, caminha-se para um qualquer despotismo.