Os que me conhecem alguma coisa, sabem que se tenho algum defeito grave como político e tenho vários, um deles é a falta de ambição. Não me interessa, profissionalmente, nada ser ministro, ou 1º ministro, nem ter qualquer outro cargo. (…) É assim mesmo comigo, o que não quer dizer que não goste da política, e não reconheça que sou o que se chama «um animal político». Mas não sou, e isso tenho perfeita consciência, é um animal do poder.

Não se pode - porque é ilegítimo e anti-democrático - escravizar o regime democrático a um qualquer esquema económico-social, a uma opção ideológica.

Para mim, a social-democracia é a realização progressiva, e cada vez mais aperfeiçoada, do socialismo democrático.

A social-democracia pretende que a ideia de solidariedade domine todo o desenvolvimento social.

A Assembleia da República tem de vir a ser consciência política visível deste Povo, tornando-se num espelho fiel das necessidades e anseios, das suas dificuldades e esperanças e, ao mesmo tempo, no centro impulsionador da acção colectiva.