A Assembleia da República tem de vir a ser consciência política visível deste Povo, tornando-se num espelho fiel das necessidades e anseios, das suas dificuldades e esperanças e, ao mesmo tempo, no centro impulsionador da acção colectiva.

O povo português tem de estar consciente que não vive ainda numa democracia estabilizada, porque sendo as dificuldades económicas financeiras e também sociais dramáticas, tem de continuar a desempenhar o seu papel de salvador da democracia portuguesa.

Consolidaremos a democracia. E a democracia consolida-se não fazendo aceder ao poder apenas alguns, mas abrindo-o a todos os cidadãos.

(…) A economia marca prazos à política - é verdade. Mas também é verdade que, fora do quadro da estabilidade política, a resolução dos problemas económicos é impossível (…).

Ser pluralista em termos políticos e colectivista em termos económicos são realidades absolutamente incompatíveis. Não se pode ser liberal em política e totalitário em economia.