Planos de recuperação na UE no Pós Covid-19

Planos de recuperação na UE no Pós Covid-19

Planos de recuperação na UE no Pós Covid-19

Um painel de elevada qualidade debateu hoje, 2 de outubro, os planos de recuperação na UE no Pós Covid-19 uma iniciativa promovida pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer e o PPE.

Paulo Rangel, vice-presidente do PPE ; Wilhelm Hofmeister, diretor da Fundação Konrad Adenauer; a presidente do IFSC, Maria da Graça Carvalho; Joaquim Miranda Sarmento, professor do ISEG e coordenador do CEN; Kirsten Scholl, diretora-geral para a Política Europeia do Ministério para os Assuntos Económicos e Energia da Alemanha; o grego Michael Arghyrou, presidente do Council of Economic Advisors, ESM Board of Directors e Olivier Blanchard, professor no Peterson Institute for International Economics e Economista Chefe FMI (2008/2015), foram os convidados que contou também na sessão de encerramento com o presidente do PSD, Rui Rio.

“Se pudermos voltaremos a ser exatamente aquilo que eramos no bom sentido e mau sentido. Depois da vacina muito coisa regressará, mas o período mais duro será até termos a vacina”, referiu Olivier Blanchard, considerando que “o que temos de fazer agora é garantir que as empresas não vão à falência, que conseguem sobreviver e que a maior parte estará viável depois do Covid”.

“Do ponto de vista humano, deixar empresas falir e pessoas ir para o desemprego é mau. Mas mesmo de um ponto de vista, puramente económico, destruir tudo isso e, depois, ter de o reconstruir em 2022 é uma loucura”, advertiu ainda.

Por seu turno Wilhelm Hofmeister relembrou que “afortunadamente, os países europeus encontraram novas fórmulas de solidariedade e cooperação com os Estados mais afetados pelo problema do vírus”, algo que foi secundado por Kirsten Scholl ao considerar “que o acordo histórico na EU, não só pretende responder à crise, mas também prepara a Europa para o seu desempenho futuro”.

Miranda Sarmento mostrou-se, neste contexto, esperançado: “Espero que esta crise seja uma oportunidade para reformar a nossa economia”, sendo que Paulo Rangel relembrou que “a população portuguesa quer que o dinheiro das verbas do Fundo Europeu de Recuperação e Resiliência seja bem gasto”, alertando para o facto de “vermos alguns erros do passado em que há um boost para dois anos numa conceção pública e não um conceito de desenvolvimento económico”.

“Temos de ter a consciência que devemos aplicar bem o dinheiro em nosso benefício e daqueles que hoje são os mais novos. Quem vai pagar é a próxima geração e, nós, temos um compromisso de construir o que eles vão herdar”, considerou, por seu turno, o presidente do PSD, Rui Rio.