Universidade de Verão 2014 - Resumo do 3º dia
O dia de quarta-feira começou com a clássica aula «Falar Claro» de Carlos Coelho, acompanhado por Nuno Matias e Paulo Colaço. Foi uma aula interactiva, divertida e dinâmica sobre técnicas de comunicação cujo objectivo é potenciar as competências comunicativas dos participantes a nível oral, escrito e gestual. Através da visualização de filmes, com o suporte de documentos de apoio e da abordagem de casos práticos, a comunicação em política foi detalhadamente analisada. Os alunos tiveram oportunidade de esclarecer dúvidas e partilhar experiências, de forma a obter ajuda para ultrapassar as dificuldades de comunicação que sentem. Esta aula será também importante para que os alunos tenham um bom desempenho nos trabalhos que apresentarão ao longo da semana.
À tarde foi a vez de Mónica Ferro falar acerca das actuais «Tensões no mundo: A guerra à porta da Europa?». Fazendo uma análise ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia, a especialista em Relações Internacionais considerou que foi errado o presidente ucraniano ter estreitado laços com a Rússia, em 2013, ao invés de se aproximar da União Europeia, e que este é o maior desafio de segurança que a Europa atravessa desde a guerra fria, após dez pacíficos anos. Relativamente à generalidade dos conflitos internacionais actuais, a Professora Universitária lembrou que, hoje em dia, a origem destes “choques” está muitas vezes relacionada com a escassez de recursos e que as questões ideológicas passaram a ter um papel preponderante, tendo as religiosas perdido protagonismo.
O dia terminou com um jantar-conferência com o ex-comissário europeu António Vitorino, que nos brindou com um sentido de humor único e descontraído. Fazendo uma abordagem ao crescimento de movimentos extremistas e populistas na europa, afirmou que a origem dos problemas europeus é, muitas vezes, a insuficiência das democracias nacionais. O ex-eurodeputado socialista não acredita numa solução federalista para a europa, mas sim que o poder de decisão deve pertencer à esfera de cada Estado-membro. Quanto a Portugal, António Vitorino confia nas qualidades de Carlos Moedas para se revelar um bom comissário europeu.