As funções do Partido são pedagógicas, de esclarecimento, de formação, e também uma luta pelo poder, mas em circunstâncias de respeito pelos valores nacionais. Não o poder pelo poder, mas o poder como forma de acção, de realização e de actividade.
(…) Um partido existe para disputar o poder. Ele próprio é centro de disputa do poder. Mas tem de resistir à atracção daqueles que procuram acenar-lhe com glórias… Mas tem de saber resistir-lhe, em nome da fidelidade aos eleitores, em nome da fidelidade aos seus militantes.
Um Partido social democrata é estímulo pessoal, político e sócio-profissional.
(…) Um partido social democrata não é apenas militância organizada com vista à conquista do poder por meios democráticos; não é, nem pode ser, mera máquina eleitoral. Há-de ser estímulo pessoal, político e sócio-profissional. Tem de agir como difusor de ideias, como dinamizador de planos, coomo estimulante da acção pessoal.
Grupos de independentes pelo poder não se enquadram numa democracia estabilizada.
(…) Grupos de independentes, com actividade política a nível de influência no poder, disputa do poder, ou participação no poder, é que não é uma situação duma democracia estabilizada.
Os trabalhadores como base de uma social-democracia avançada.
(…) Reforçar o poder dos trabalhadores, juntamente com a responsabilidade dos trabalhadores perante os problemas nacionais, parece-me ser uma perspectiva de social-democracia avançada.
O interesse manifesta-se no pluralismo de opiniões.
O interesse das pessoas e da sociedade só pode ser plenamente prosseguido no pluralismo de opiniões, traduzido a nível político pelo reconhecimento institucionalizado e permanente de oposições ao poder.