Mas aquilo que acima de tudo é, em justiça, devido às pessoas, é a sua liberdade. Sem ela não há paz efectiva. Sem ela a ordem exterior, enquanto existe, assenta numa situação explosiva. Sem ela por mais que se diga, o progresso é ilusório.
(…) do conjunto dos bens comuns, compete essencialmente ao poder político prosseguir três, e são eles a paz pública, a moralidade pública e a justiça, não esquecendo que aquilo que em primeiro lugar é devido em justiça às pessoas é a sua liberdade.
Poder judicial não é Poder legislativo ou executivo.
Poder judicial (...) Ele é um poder de soberania. Para que o seja e possa, na prática, exercer-se como tal, haverão os magistrados no seu conjunto, como detentores de um poder de soberania, de estar à margem de qualquer interferência do legislativo ou do
(...) Quando um regime é sobretudo uma política e esta um estadista, com o seu desaparecimento estabelecem-se confusões, criam-se esperanças, suscitam-se receios.
Se se entende por liberal todo aquele que acha indispensável que qualquer solução política respeite as liberdades e os direitos fundamentais da pessoa humana, sou efectivamente liberal.
Se se limita a concepção de liberalismo ao campo exclusivamente económico e se tem como liberal aquele que preconiza a abstenção do poder político em relação ao campo económico e ao campo social, nesse sentido não sou liberal.
Há que caminhar no sentido de soluções que, se não forem socialistas, serão muito próximo delas, soluções que em muitos sectores serão necessariamente socializantes.
Os partidos são essenciais à participação política
Com todos os seus defeitos e riscos, os partidos continuam a ser o meio mais válido e eficaz de participação política, indissociáveis do sufrágio inorgânico e da concepção democrática que a nossa Constituição acolhe.